Ócio é vida

Não poderia haver pior momento pra propagar minhas controversas teorias a respeito do esporte. O Pan do Rio foi um sucesso, o Brasil teve sua melhor participação e as matérias do Globo Esporte nos fizeram chorar quase que diariamente. Mas como sou igual mulher de malandro e adoro apanhar, aí vão três teoriazinhas que vão deixar muito patriota indignado.

1. Esporte mata. É uma teoria antiga, não minha, mas tão coerente com a minha zangadisse que eu gosto de dizer que é minha pra pessoas menos esclarecidas, como vocês. Segundo esta teoria o esporte não salva vidas, como propagandeado pelos personals trainners, e sim acaba com elas: ombros detonados no tênis e na natação; problemas crônicos nos joelhos dos jogadores de futebol; obesidade mórbida em ex-atletas. Se mesmo com esses exemplos a audiência permanecer cética, alguns exemplos citados, com certa maldade durante a explicação desta teoria, são Ayrton Senna e Serginho do São Caetano. Esta mesma teoria defendo que o ócio é vida. Nunca ninguém quebrou a perna assistindo televisão.

2. Jogos Olímpicos são gays. As olimpíadas surgiram para agradar a audiência homossexual, que estava insatisfeita com a brutalidade apresentada na Copa do Mundo de Futebol. Ao contrário do que cabeças sujas podem pensar, homossexuais não gostam de ficar olhando as pernas dos jogadores de futebol - ginastas de colã e nadadores semi-nús são muito mais atraentes para esse gracioso grupo. Nas últimas Olimpíadas a maior audiência televisiva se deu durante a patinação no gelo. Isso explica muita coisa.

3. O Pan é a segunda divisão das olimpíadas. A equipe americana era pré-amadora, e ganhou! Metade da equipe cubana fugiu, e eles ficaram em segundo! Gastamos quase 4 bilhões de reais pra fazer o Pan!!! Imaginem a quantidade de bares que poderiam ter sido construídos! Não vejam dizer que podemos organizar a Copa, ou que podemos organizar uma olimpíada. Nosso negócio é organizar churrascos, e olha lá.

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