Banksy é onipresente, genial, incômodo e inovador. É o mais famoso grafiteiro do mundo - apesar de ninguém saber exatamente como é a sua cara, se é apenas uma pessoa ou se é um grupo de grafiteiros. Já pixou quadros clássicos, hackeou a capa do disco da Paris Hilton, e agora ganha uma biografia na conceituada revista The New Yorker : Dept. of Popular Culture: Banksy Was Here: Reporting & Essays: The New Yorker
“Imagine uma cidade onde o grafite não é proibido, onde todo mundo pode desenhar onde quiser. Onde as ruas fossem cobertas com milhões de cores e pequenas frase. Uma cidade que parecesse uma festa onde todo mundo é convidado, não apenas os agentes do estado e os barões dos grandes negócios"
"Imagine a city where graffiti wasn’t illegal, a city where everybody could draw wherever they liked,” he once wrote. “Where the street was awash with a million colors and little phrases. . . . A city that felt like a party where everyone was invited, not just the estate agents and barons of big business.”
Me agrada muito esse conceito - porque é só olhar as portas dos banheiros, os pontos de ônibus riscados, os muros, os murais da faculdade, cheios de frases geniais, piadinhas irônicas, rabiscos nas fotos, correções nas frases, pra sacar que as intervenções coletivas são sempre mais interessantes do que a comunicação oficial. Quando cursei jornalismo o mural do corredor, sempre rabiscado com frases e discussões entre alunos, um corneteando o outro, era a coisa mais sagaz e inteligente que alguém podia ler.
O conceito é o mesmo na internet: tópicos do orkut, comentários em blogs, frases geniais em páginas hackeadas. Imagine se tudo isso fosse expandido para as ruas, intervenções em outdoors, frases na calçada, piadas escritas nas paredes do seu prédio. Tão bizarro quanto ingênuo. Tão assustador quanto genial.
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